sexta-feira, 11 de abril de 2008

O outro lado da questão...

Esta história de os professores serem os "coitadinhos" do sistema, serem constantemente vitimas de tudo e de todos, começa a cheirar a "cassete que toca sempre a mesma música". A noticia que reproduzimos na integra foi publicada hoje no Portugal Diário e a pergunta que deixamos aqui é a seguinte:

- Sendo, de acordo com a cassete que ouvimos todos os dias, os papás e mamãs os culpados de tudo o que seja insucesso e violência escolar,pergunta-se que pais foram responsáveis nestes casos concretos, se os pais dos professores em causa ou por acaso terão sido, já agora, os próprios pais das crianças vitimas, que terão influenciado os professores a tal violência?

«...Em Gondomar, um professor, de 28 anos, está acusado pelo Ministério Público (MP) da prática de 19 crimes de pedofilia. Os alegados crimes foram perpetrados entre Setembro de 2003 e meados de 2005, em escolas de Ermesinde, Gondomar e Guimarães, e as alegadas vítimas eram alunas a seu cargo, dos 7º e 8º anos de escolaridade, com idades entre os 13 e os 15 anos.

O docente foi detido em Dezembro de 2005 e a PJ encontrou no seu computador fotos obscenas tiradas a alunas, algumas das quais seduzidas através do fornecimento antecipados de respostas a testes.

Já em Junho de 2004, o Tribunal de Anadia condenou a três anos de cadeia, suspensos por quatro anos, um professor acusado de abusar sexualmente de alunas com idades entre os 11 e os 13 anos. O docente, de 49 anos, foi acusado de abusar das jovens que frequentavam o Colégio Salesiano de S. João Bosco, em Mogofores, concelho de Anadia, onde leccionava.

O Tribunal apenas deu como provados cinco dos sete crimes de que o professor era acusado, considerando que não se provou a consumação de qualquer acto sexual, mas que o arguido acariciava as zonas erógenas das vítimas.

Bater para aprender

Em Junho de 2005, foi também notícia o caso de um aluno de sete anos da Escola EB1 do Calvário, em Serzedelo, agredido por um professor em plena aula. A agressão levou o Ministério Público de Guimarães a instaurar um inquérito.

O rapaz terá sido esbofeteado e agredido com «alguma violência» pelo docente, após o que teve de ser assistido no Hospital de Riba d'Ave, Vila Nova de Famalicão. Segundo o testemunho dos colegas da turma, a agressão foi motivada pelo facto do rapaz não ter feito os trabalhos de casa.

No início do mesmo ano lectivo, em Outubro de 2004, um professor da escola do primeiro ciclo de Paredes de Coura foi investigado na sequência de denúncias de alegados «maus tratos físicos e psicológicos» a alunos. As denúncias foram formalizadas através de um abaixo-assinado em que 14 encarregados de educação dos alunos de uma turma do 3º ano acusaram o docente de dar «bofetadas na cabeça, cara e rabo» das crianças.»