terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Será por causa da Sra Ministra?

Ontem decorreu uma reunião entre a Direcção Pedagógica (DP) e alguns pais, que a DP resolveu convidar, com a seguinte ordem de trabalhos:

- ponto um, informações;
- ponto dois, Semana Cultural/Plano de Actividades
- ponto três, outros assuntos.

Uma ordem de trabalhos sem dúvida bastante «interessante», de que resultou "falar sobre o mesmo" e a solicitação da DP à Associação de Pais para participar no Plano de Actividades ou elaborar um.
O Plano de Actividades vai ser enviado por correio para todos os pais e tem a seguinte curiosidade:

- Tem a data de 8 de Novembro de 2007.
- Vai chegar aos pais no final do 2º Período, portanto ainda a tempo de os «papás e mamãs» participarem nalguma coisinha.

Esta desorientação da DP só pode ser explicada da seguinte forma:

- Ou alguém «puxou suavemente as orelhinhas à DP», relativamente á sua estratégia de manter afastada a Associação de Pais do processo educativo;
- Ou a desorganização é muito grande, pois discutir plano de actividades decorridos dois terços do ano lectivo significa a grande preocupação da DP com as actividades da escola.

A Associação de Pais vai reunir para decidir como vai participar. É uma pena que só agora a DP se tenha preocupado com a participação da Associação de Pais no Plano de Actividades, pois assim já não vai ser possível, por exemplo, organizar um Baile de Carnaval, o que é uma pena.

O momento alto da reunião, e por escrutínio de alguns pais, foi este:

- Uma mãe queixava-se de que a sua filha tinha dificuldades em entender a matemática, e que o professor não tinha a melhor estratégia para a ajudar. Então um senhor ilustre professor presente perguntou à dita mãe se a filha sabia a tabuada, e se não, porque é que não ia ter com a professora «primária» para a questionar?
Um pai resolveu intervir e perguntar ao senhor ilustre professor presente a sua opinião sobre o seguinte facto passado no IDJV:

- Uma senhora ilustre professora de Matemática do 12º ano fez um teste, onde estavam incluídos, naturalmente, vários exercícios. Após meia hora decorrida desde o inicio do teste, os alunos queixaram-se que o primeiro exercício não tinha resolução. A senhora ilustre professora, depois de tentar desacreditar os alunos, tentou fazer o exercício e também não conseguiu. A pergunta que o pai colocou ao senhor ilustre professor presente foi se a senhora ilustre professora de Matemática do 12º ano também deveria ir ter com a sua professora «primária».
A resposta do senhor ilustre professor presente a esse pai foi de que só falava »com pessoas da área» sobre Matemática. Ora só não se percebeu que, tendo como regra civilizacional falar com «pessoas da área», ter interpelado a mãe, que não é «da área». E já agora, se só fala com os pais dos seus alunos que sejam da área, presumimos que não fale quase com ninguém. Ou não seria melhor que este ilustre professor presente fosse ter com a sua professora «primária» para aprender algumas regras de «formação cívica» ou mesmo com os seus pais, para aprender algumas «regras de educação»?

Este verdadeiro exemplo de «sucesso pedagógico» foi eleito para candidato ao melhor Òscar do IDJV neste ano lectivo